Por alguma razão, minha vida é uma concentração de situações embaraçosas.
E por alguma razão, achei justo dividir isso com vocês.
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vestido "do mal" !


Sábado, 26 de Dezembro.
Fui ao cinema no UCI NY. Enquanto aguardava o horário do filme, fui dar uma volta pelo shopping.
Definitivamente não foi das minhas melhores idéias. Quero dizer, ir ao shopping um dia após o natal, quando várias pessoas estão trocando as roupas que não couberam e ainda por cima, em um final de semana? Não... Não foi das minhas melhores idéias.

De qualquer maneira, eu queria comprar um vestido. Não, eu não acho que todos TEM QUE usar roupa nova no Ano Novo. Mas eu queria muito usar um vestido simples e eu preciso comprar um.
Entrei em várias lojas, vi vários vestidos, experimentei alguns.

A última loja que visitei foi a Leader Magazine, próximo ao cinema. No meio de vários pedaços de pano estranhamente costurados que alguns chamam de roupa, encontrei algumas peças bem meiguinhas. Vestidos simples, bonitos com estampas interessantes. Juntei uns 6. E me dirigi ao provador.
Nesse mesmo lugar, algo um tanto embaraçoso aconteceu ano passado. Mas não é uma história longa e eu prefiro deixá-la para um outro post.

Peguei aquela plaquinha com o número e entrei no provador. Lado esquerdo, masculino; direito, feminino. Do lado direito, escolhi uma cabine no meio do corredor.
Primeiro vestido. Um pouco largo demais.... Me fez parecer um saco de batata. Mas se fosse menor, ia ficar estranho na altura do busto. Segundo vestido. Curto demais. Terceiro vestido, não tinha um caimento legal. Quarto, nem lembro mais (sinceramente). Mas o quinto...... Não tem como esquecer.

Passei o vestido pela cabeça e puxei para baixo. O vestido entrou normalmente. Me olhei de um lado, depois do outro. Conferi atrás. Por alguma razão, não gostei. Quando puxei o vestido para cima na intenção de tirá-lo..... Ele ficou preso.

Não me pergunte como. O vestido que entrou tão facilmente não queria sair nem por um decreto. Devo estar nervosa - pensei. Com alguma dificuldade, consegui subir aquela massa rosada para abaixo do meu braço - o que foi um enorme progresso, visto que o vestido maligno não queria sair da cintura. Mas dali pra cima... Tentei de várias maneiras. Eu me senti uma lacraia me mexendo pra tudo quanto é lado, tentando fazer o vestido sair. Não tinha nenhuma brecha, nenhuma possibilidade de passar um braço.

Tive vontade de chorar. Por favor, Deus, não me deixe passar esse vexame - comecei a dizer baixinho. Comecei a me desesperar com a imagem de uma das vendedoras entrando na cabine para desentalar o vestido. Sacudi a cabeça para fazer a imagem ir embora e comecei a vasculhar a minha bolsa. A única maneira de me livrar aquela "coisa" era... Cortando o vestido. 0.o

Mas, infelizmente, eu não tinha nada na minha bolsa que fosse suficientemente afiado para isso. Coloquei todas as tralhas de volta na bolsa, incluindo minha própria blusa, pra não confundir com o restante das roupas. Olhei para os lados em busca de alguma coisa e tornei a tentar tirar o vestido. Sem sucesso. Conferi meu celular. 10 minutos se passaram nessa angústia. Nessas horas, 10 minutos parecem horas a fio.
E me veio uma idéia genial. Na falta de algo para cortar o vestido, pensei em fazer isso com... Os dentes. Puxei o lado da costura e comecei a puxar na esperança do vestido ceder, mas nada aconteceu. Nem um tiquinho. Tentei de novo sem nenhum sucesso. A idéia não foi tão genial, afinal.

Comecei a me sacudir que nem uma salamandra - só que em pé - puxando o tenebroso e de alguma maneira milagrosa ela finalmente saiu. Após 15 minutos de tortura. Eu respirava feliz, como se eu tivesse saído de um cativeiro. Eu suava, mais de nervoso do que de calor. Vesti minha calça jeans e esperei um pouco. Eu precisava respirar. E parar de suar antes de vestir meu tomara-que-caia. Me dei o luxo de ficar lá por uns 3 minutos mais.

Depois, peguei minha bolsa, coloquei no ombro, abri a cortina da cabine e segui com a plaquinha e os vestidos nos cabides. Dei de cara com um rapaz, também saindo do outro lado do corredor. Ele arregalou os olhos e senti uma expressão divertida no seu rosto. Olhei pra trás para ter certeza se ele estava rindo de mim. Juro que pensei: "Será que ele sabe?".  Mas quando me deparei com minha imagem de costas no espelho do corredor, percebi o que era tão engraçado. No desespero, saí do provador somente com meu top preto. A blusa ainda estava dentro da minha bolsa.

Merda - pensei. Corri de volta para minha cabine, o rosto queimando de vergonha. Vesti a blusa e saí. Nem quis experimentar o sexto vestido. Só queria sair dali e me esconder. Ainda bem que o cinema é escurinho.

4 comentários:

Meu Manifesto disse...

Dei boas risadas durante o post... hauhauhaua

Com certeza a última coisa que eu pensaria seria rasgar a roupa. Nem que eu pagasse e fosse com ela entalado ao cinema.

Eu, particulamente odeio ficar esperando minha namorada no provador. Eu ia dar um troço com esse tempo todo. Mas diante dessa situação a gente ia rir muito até o final do dia.

Paula disse...

sem dúvida nehnuma,
isso foi comico!!! queria ter presenciado essa cena...kkkkkk
mais, enfim...tudo terminou bem, graças a Deus..rsrs

Rachel Araujo disse...

Sonny, eu pagaria o vestido se eu tivesse rasgado, sem dúvida. Mas eu não ia sair de lá entalada. Imagina a nova cena. Seria mais um mico. Eu, sentada no balcão do caixa da Leader, esperando a mulher passar o leitor do código de barras nas minhas costas.
E depois, deitar em cima daquele "troço" magnético pra tirar o alarme. Fim de noite sensacional.. :S

Rachel Araujo disse...

É né, Alessandra?
Acabou bem pra vc que não teve que lidar com isso.. runf... agora você vê.

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